sábado, 21 de julho de 2018

Pacotão de férias curtindo o Inverno.

Enfim férias


Ahhh aquele momento inesquecível para todo ser humano, muito mais que o milésimo gol de Pelé, do que o vibrante Penta Campeonato mundial da seleção brasileira, ouso dizer mais importante do que a descoberta do fogo, luz, e dos confortos modernos, as fériassssssss.

Quando um momento justo como este, importante e de direito inviolável do cidadão aparece, tem de ser aproveitado.

Sendo assim, indico a todos os leitores deste blog a não medirem esforços e economizarem gastos para terem férias legais, que fiquem na memória, sejam marcantes e tragam descanso e conforto.

Sendo assim, novamente esta página vem cumprir sua missão de avaliar e deixar o passo a passo mastigado para todos os ávidos leitores dos melhores roteiros disponíveis no pais, sempre frisando, não fazer força, conforto, luxo e o bem estar de todos. Basicamente, programas de família.

Com o montante $$$ de férias disponível na conta, é hora de traçarmos planos, luxo, glamour, descanso, finalmente é chegada a hora. Sendo assim, nossa equipe realiza sempre aquela avaliação honesta e eficiente, repletos de vontade de viver, descansar e desfrutar do relaxamento que todo ser mortal merece, la vamos nós avaliarmos alguns roteiros de inverno para uma semana.


  • Quatro dias em Bariloche, Argentina. Os hermanos,temos nossas belas praias e o clima tropical a oferecermos para nossos grandes irmãos Argentinos e algumas goleadas no futebol, contudo, eles possuem Bariloche, um local turístico com neve, vinho, infra estrutura para turistas, realmente uma ótima pedida para o inverno. Não fica distante do estado em que moramos o RS, não é caro relativamente, parece uma opção bem interessante, temos frio, atrações e conforto dentro dos hotéis e das garrafas de vinho.

  • Não distante do frio e das garrafas de vinho, existem pacotes na rota do vinho da serra gaúcha d RS. Contando com passeios em vinícolas, galeterias, hotéis, passeio de maria fumaça e diversas atrações da parte de colonização italiana de serra no estado, esta opção tomou força em virtude de maior proximidade. Uma semana não é um tempo muito amplo, mas se bem planejado, como de costume este blog faz, pode-se aproveitar muito bem o tempo. Assim, uma semana comendo do bom e do melhor, bebendo vinho e desfrutando do frio da serra gaúcha foi uma opção mais tentadora.

  • Entre Três e Quatro dias de trekking de apé por serras e campos do RS (NO INVERNO). Totalmente oposto ao que dizia tiririca, pior do que ta não fica, no nosso caso, melhor do que ta, fica? Fica. Chegamos a uma opção formidável, brilhante, confortável, gastronômica, sustentável, entre outros adjetivos. A ideia consiste em uma caminhada na região dos vales do Josafaz e Pedras brancas, Cânions e serras do RS que eram rotas de tropeiros em época em que este tipo de atividade era fomentada e necessária no pais. Estaríamos entre cidades como Cambará do Sul e São Francisco de Paula quando estivermos em altura, o que nos permite conforto e frio, item que possui seu charme no inverno gaúcho. Não o bastante, ainda próximos a centros urbanos como Dom Pedro de Alcântara, Morrinhos do Sul e Três forquilhas, para compartilharmos de toda infra estrutura existente na região caso fosse necessário. Deste modo, visando conforto, melhor aproveitamento do tempo e não fazer força, ficou evidente que esta seria nossa escolha.
O passeio iniciou-se em Barra do Ouro, pois cogitamos possibilidade de concluir ali o percurso.

Deslocando-se até a grandiosa rodoviária de Maquiné, usufruímos da excelência em transporte rodoviário através da empresa Transflor para chegar até o local onde pegaríamos nosso translado.

Neste belo ponto, nosso pacote de viagem contava com o transporte da equipe da Unesul até a cidade de torres.

Chegando neste destino, é hora de pegarmos o city tour contratado, ônibus da empresa Torrescar fazendo a linha "morro de dentro".


Como a equipe deste blog não poupa esforços em fazer o melhor passeio em hipótese alguma, tampouco em economizar dinheiro, fizemos um passeio memorável, cruzando cidades históricas e turísticas, até chegarmos ao formoso centro de morro azul, que é um distrito e não cidade.

  Onze e meia em ponto, estávamos prontos e sedentos por caminhada até nossas acomodações para uma primeira noite, não saberíamos ainda de quantas, porém, todas confortáveis.

O trajeto se deu por morro azul até morrinhos, subindo o acesso a famosa "casa do padre", para subir a escadaria de pedras que leva aos campos do Tajuvas, nada mais merecido nas férias que uma relaxante e confortável caminhada para inicio de jornada.

Alguns trechos antes da subida total até o campo:





Em virtude do horário de inicio já ter sido quase meio dia, neste dia tivemos de ficar no primeiro hotel, localizado em uma casa antiga no campo indo ao Tajuvas. Existem referências na internet da propriedade ser de um senhor chamado Hélio Serrano.

Mais na frente em nossa intrépida jornada encontramos algumas pessoas onde uma informou ser o genro deste tal "Hélio Serrano" e que de fato as terras ali são dele.


A imagem acima é apenas para ilustrar, retirada de um vídeo no youtube, não existiam estas pessoas em cavalos enquanto estivemos por ali kk.

Mas o vídeo é interessante para conhecer o local, pois, quase todo trajeto realizado nele, foi feito de apé, então, segue link:

https://www.youtube.com/watch?v=xMxDYkhs4Rc

A casa em si esta abandonada, mas de certo modo, conservada, possui visitas e trabalhos por ali ainda. A região toda estava "roçada" recentemente. Botas estavam jogadas como se aguardando o dono voltar ali para pegar as mesmas após ter usado nas proximidades. O local é muito bom para se hospedar, pois existe um rio nas proximidades e este abrigo da casa e da estrutura de pedras para vento. Sem contar no visual de campo que é muito bonito.

Então nos hospedamos neste hotel através de acomodações em quartos duplo através de barracas, ali ja provávamos de conforto, boa gastronomia e do frio dos campos de cima da serra, pois diga se de passagem, foi uma noite bemmmm fria, com uma aconchegante brisa de vento. Ganha se entre 900 e 950 metros de altitude ao subir de Morro Azul para lá. 

Além de boas escolhas, planejamento, nada como contar com a sorte, a previsão para os campos de cima da serra naquela semana eram de minimas entre 1 e 3 graus, assim estávamos completos de alegria por contar com tamanho conforto e frio.

A cada passo que concluíamos, ficava mais fácil afirmarmos que escolhemos a melhor opção para descanso.

Após uma noite de marajá, devidamente hospedados, com boa comida e água potável, partimos sem fazer força, rumo as relaxantes atividades do dia. Nossa ideia inicial era de caminharmos até a Rota do sol neste segundo dia, porém como o objetivo principal do dia anterior que consistia em acampar no Galpão de zinco abandonado Cânion Pedras brancas não foi atingido por começarmos a caminhada em virtude dos onibus muito tarde, este dia também ficou comprometido.
 Assim, acabaríamos levando três dias para chegar na rota do sol.

No segundo dia também iniciamos tarde, pois, ninguém colocou o celular para despertar kkkk.

Assim saindo das acomodações as 9 da manhã, tomando um vigoroso café colonial, havíamos levantado acampamento e estávamos partindo pontualmente as 11 horas da manhã, sem fazer força, mais uma vez.


Águaaa de campo. A melhor.


Travessia improvisada no campo


Campos e mais campos


As donas da região, araucárias.

Toda imponência de alguém caminhando com sua mochila na foto. Temos também uma araucária.

Este trajeto até o Pedras brancas é igual ao relato que também existe neste blog. 


A ideia inicial era realizar o percurso original de cumeeiras disponível no wikiloc, porém a saída dele é em Morro do forno, distrito de Morrinhos do sul. Como somente havia ônibus partindo de Torres para lá as 17 horas mais ou menos, se tornou inviável iniciar por la utilizando o transporte de rodoviário e a saída em Morro Azul foi mais do que escolha, uma obrigação kkk.

Segue se no campo até a cerca na estrada do Josafaz onde toma-se Esquerda para o Pedras brancas. Quem vem do Josafaz, Morro do forno ou Roça da Estância via serra do Silveirão virá pela direita neste ponto da estrada.


Aquele momento em que se alimentava ainda a vontade de chegar a rota do sol, porém saindo tarde e mais atrás do que deveríamos, não era mais possível.


Galpão no Cânion pedras brancas(fica bem na borda mesmo)

Estrada do Josafaz.

Fizemos uma rápida parada no galpão do Cânion, mas não almoçaríamos, pois nosso combinado era café da manhã e janta, para o dia, andar e andar, e se por acaso nos sentíssemos cansados? Andar mais um pouco, apenas hidratando e mandando alguns carbos gel.

Seguimos na estrada até o ponto indicado para acesso a esquerda, onde existe uma casa e galpão. Para surpresa, haviam pessoas no local.

Chegamos e conversamos um bom tempo, lá descobrimos que falávamos com o genro do Hélio serrano e que de fato as terras no Tajuvas realmente são dele. Falamos com outro homem que mora nos cânions, possui cavalos, gados, porcos e faz o trabalho de caseiro cuidando de fazendas ao redor, informou inclusive cuidar da fazenda onde encontra-se o canion pedras brancas e do famoso galpão de zinco da região.

Fomos bem tratados e rolou um papo legal, o pessoal consegue "sentir" de certa forma quem é mal intencionado e quem não é. Percebemos o fato também que a galera que anda de mochila acaba recebendo um certo respeito das pessoas da região, pois não estão ali com o intuito de estragar nada ou causar transtornos, a dica se encontrar algum nativo ou proprietário é sempre ser cordial, ter bom humor, explicar o que está fazendo por ali para evitar confusões, pois todas as terras em que estaríamos andando são privadas, com exceções da parte de estrada no Josafaz, os campos e trilhas possuem "donos", apesar de suas trilhas divulgadas em blogs e sites, estas pessoas muitas vezes não possuem o menor conhecimento disto e talvez aprovação também hehe. Sendo assim, nada como saber conversar e manter tudo por lugar por onde andar, se abriu uma cerca, feche a mesma e recolha seu lixo.

A parte mais legal foi quando uma pessoa de nossa equipe comenta da Serra do Barreiro(caminho perto ali da região) informando nunca mais passar lá devido a dificuldade do percurso. Ao ouvir isto, o senhor com cara de tropeiro e grande conhecedor da região solta uma risada, mas, o caminho que farão até a rota do sol é muito pior.

Ali estava cravada a profecia e no próximo dia conheceríamos e sentiríamos isto na pele kkk.

Após a proseada seguimos pela estrada e campos até chegarmos ao nosso Resort para passar a segunda noite.

Nossa equipe aproveita o aconchego e afago dos campos e não resiste a oportunidade de curtir todo o relaxamento que a jornada propicia.

Sol se pondo no campo.

Resort é outra coisa. Quem pode, pode!

Fogo iniciando.

Alimentação incrível, saborosa e de muito luxo.

Quanto o resort é bom e te faz sentir como se estivesse em casa.

Preparativos para um banquete. Ingredientes pré selecionados e 100% naturais. Ai o papo é outro.

Então la se vai a segunda noite, de gala, com ótimas instalações e gastronomia, sem falar no conforto.

O dia amanhece no campo de forma impar, e a hora de alcançar a rota do sol é chegada.

A Rota do Sol é peça chave, pois nossa ideia inicial era de em 2 dias chegarmos la, para de la emendarmos com a trilha garapia-bananeiras, chegando assim na Barra do Ouro, local que saímos e onde nosso carro estava. Seria necessário subir a serra novamente na rota do sol voltando a ganhar toda a altitude que estávamos naquele momento e descermos o Cânion da serrinha perdendo a altitude novamente até próximo da cascata do garapia. Um desafio e tanto. A Rota do sol era ponto para avaliação no que diz respeito a continuaríamos ou não.

O terceiro dia, obviamente, por somar mais tempo em expedição trás consigo algumas coisas, como o peso da mochila desgastando e acumulando. Utilizávamos mochilas de 70 litros, bem carregadas, pois tínhamos roupas e mantimentos para ir até a Barra do Ouro ainda caso fossemos. Itens reservas por segurança e imprevistos como chuva( o que não estava na previsão), porém pagamos um preço por este peso em excesso no terceiro dia.

Andamos um pouco para acabar de cruzar a parte em que ainda estávamos no campo e tomamos a unica decisão errada nos dias em que andamos. Ao passar um arroio optamos por não carregar água conosco, alegando, "logo encontramos água outra vez e  assim pegaremos", "não é necessário". 

Então "sabidamente", somente tomamos a água ali na hora e continuamos, já que de fato, a vontade de chegar na rota do sol para decidir o que fazer era grande.

"Logo encontraremos água no caminho e tomamos novamente"
"Atrolhados de coisas na mochila, mas sem água"

Andamos por mais ou menos 5 horas naquele morro, subindo e descendo, usando como GPS o wikiloc, ora descíamos a 900 metros de elevação, porém, em seguida voltamos a 950. Andávamos e andávamos e não perdíamos aquela elevação nunca. Somando o fato de não ter água, cansou bastante. 

Em certo momento nos confundimos na trilha e estávamos voltando, até que percebemos o erro e retomamos o trajeto, para completar era necessário subir um bom pedaço no morro novamente.

Nosso objetivo era chegarmos em uma cabana no campo, ponto de marcação no wikiloc, o qual a partir dali, sim, a elevação começava a baixar de forma rápida.

Retomando a trilha insistimos, com a esperança de achar água na cabana também. Finalmente saímos do morro e chegamos em uma parte de campo, onde o melhor som da face da terra estava presente, o barulho de água correndo.

Fui correndo as pressas e tomei direto aquela água que aparentemente nascia ali no campo em uma parte de banhado. Ela era bem amarelada, mas matou a sede de forma incrível.

Foi acertado tomar água ali, pois na cabana não havia e no decorrer da trilha também não encontramos mais água. A não ser um açude nas proximidades desta mencionada cabana.

A partir dali ficou mais fácil e a elevação foi sendo perdida. No final nos perdemos um pouco em uma parte de mato ainda, porém chegamos um pouco antes de anoitecer a rota do sol.

Lá optamos pelo retorno para Barra do Ouro, pois uma das pessoas de nossa equipe sentiu um pouco o Joelho. Também seriam necessários mais dois dias, e o plano de fazer em 4 dias, ocuparia 5, somando desta maneira, um para subir de Bananeiras até acampar no campo e outro para descer a serrinha. Devido a compromissos na Segunda Feira, seria melhor encerrar ali.

Depois de água este é o item mais importante para evitar assaduras kkk













Aqui no fundo entre os dois lados de montanha, bem ao meio, há uma cascata, incrível de se ver ao vivo.

O Trecho do Gerivá foi o de maior dificuldade e o mais belo. O trajeto é na crista de um morro entre outros, realmente a caminhada em partes é descendo e subindo o morro pelas cristas e laterais, tendo uma visão de todos os vales e demais morros da região que ficam menores. Uma cascata acompanha parte do trajeto ao lado e a rota do sol pode ser vista em alguns momentos de forma insignificante e pequena devido a altura.

Após todo o relaxamento que tivemos, boa comida, excelentes noites de sono nas alturas dos campos de cima da serra, estávamos renovados e, podíamos afirmar com certeza de que a opção que escolhemos, foi a melhor.

Considerações Sérias

  • Nunca tome toda sua água até encontrar um outro ponto.
  • Não exite de carregar água se encontrar uma fonte, vale apena ter mais peso, mas ter água para tomar.
  • Sem comer se fica tranquilo o dia todo, parando quando acampar para almoço, agora sem água, andando por terrenos irregulares, se perdendo em partes da trilha e realizando trecho de subidas com o peso da mochila fica complicado.
  • A região até o Pedras Brancas é abundante em água, inúmeras nascentes, existem rios, trechos de água em campo, em paredões, todas limpas, tomamos sem clorin nestes trechos.
  • Após deixar o pedras brancas os pontos de água já diminuem, no campo que leva para o gerivá existem alguns banhados onde é possível captar água.
  • Existe uma espécie de arroio antes de entrar de fato no Gerivá, este é o último ponto de água, após ele, somente nas proximidades da cabana. Depois da Cabana, creio que só nas tendas da rota do sol.
  • Caso tenha começado pelas cumeeiras em morro do forno, ou morrinhos, uma opção mais fácil é descer a serra do barreiros, saindo em três forquilhas na vila Boa União, este trajeto é próximo da descida do geriva e abundando em água.
  • Respeite os nativos e proprietários locais, caso encontre algum, explique quais são seus planos, tenha bom humor e peça permissão.
  • Fomos bem tratados, mas são propriedades em áreas remotas, sendo assim, os proprietários devem ter armas e utilizar as mesmas caso suspeitem ou não se sintam confortável com algo. Não quer dizer que irão lhe assassinar, mas um tiro de aviso, algo do tipo pode ser utilizado.
  • Tenha preferência por começar cedo os trajetos kkk. Ainda mais fora do horário de verão.
  • Fizemos no inverno e não tivemos problemas com frio, pois tínhamos sacos de dormir para zero grau e bons isolantes térmicos. Agora se não tiver o equipamento adequado, é bem difícil passar as noites nos campos de cima da serra nos meses de frio.
  • Não faça o trajeto sem um GPS. O Wikiloc ja serve, podendo dar alguma enganada em parte de mata fechada. Não se esqueça de ter power banks carregados para a quantidade de dias que ira andar, é funcional e barato, porém não queira ficar sem bateria em um local que não conhece.
  • Não é recomendado fazer atividades de maior duração sem estudar os mapas, trilhas, traçar um planejamento e ter disciplina para fazer o planejado. Erramos em começar tarde dois dias, um seria inviável por fazermos o acesso através de ônibus.
  • Ao Terceiro dia ja se sente os efeitos do peso da mochila. Até dois dias é bem tranquilo porém o terceiro sai da zona de conforto, pois normalmente somente utilizamos o final de semana, dormindo uma unica noite, assim cada progressão com a mochila fica bem pesado.
  • Pela região de mata fechada como o Geriva e o Barreiros existe uma árvore chamada Aroeira. Eu tenho reações alérgicas a mesma. Não sei ainda as consequências da exposição a ela, entretanto a coceira e uma espécie de bolotas tomam conta de algumas partes do corpo levando uns 10 dias para sair. Fica a dica para alguém que manifestar este tipo de reação alérgica.
  • De atenção a coisas simples como bolhas e assaduras, isto pode virar um tormento em trajetos maiores se não for prevenido com cuidado.
De modo geral foi muito bom passar um tempo sem ligações no telefone, whatsapp, internet, nada de "modernidade". 

Ainda caminhamos uma certa kilometragem a noite neste terceiro dia, contudo, como era em estrada, sem subidas e questões mais complicadas de trilha, foi bem tranquilo.

Sem falar das risadas e das situações inusitadas que sempre acontecem.

Não consigo afirmar ainda se o corpo se acostumaria em algum momento com o peso da mochila e as caminhadas ou somente experiência gradativas aos poucos podem proporcionar isto. Ao terceiro dia se sentiu uma boa diferença no peso, ficando uma enorme curiosidade a respeito de como o corpo iria se comportar em um quarto dia realizando uma subida de 900 a 100 metros novamente.

domingo, 8 de julho de 2018

Noite no galpão pedras brancas com café, janta e acomodação completa

Noite no galpão pedras brancas com café, janta e acomodação completa


Se a temática é desfrutar o melhor da vida, luxo, boas coisas, gastronomia e conforto, já é tendência na internet que este blog é o que há de mais comentado nas redes sociais.

Assim prezado leitor, nossa equipe preparou um roteiro alucinante, de tirar o fôlego e que você vai ficar louco para ir.

Aperte seus cintos e venha nessa.

Alguns filósofos ousam dizer que somente vivemos uma vez, como não podemos afirmar se isto é verdade, contudo, é uma possibilidade, inegável, devemos aproveitar esta passagem na terra para além de trabalhar e pagar contas, também aproveitar..

De posse de informações preciosas como estas, foram coletados alguns destinos, entre eles:

Final de semana no Rio de Janeiro com todas as despesas pagas: A cidade maravilhosa e seus contrastes, praias, pontos turísticos e tudo que nos oferece, certamente é um dos destinos mais cobiçados por Brasileiros e turistas internacionais que venham inclusive de outros países. Realmente nossa equipe balançou o coração ao verificar esta proposta, mas não titubeou duas vezes tendo em vistas os outros pacotes de viagem.

Snowland em Gramado: A grande Febre de Gramado e do RS. Um ambiente que simula frio e neve, permite turistas desfrutarem dessa sensação no estado do RS, sem ter de ir a um lugar com neve de fato. Muito boa sacada e empreendimento, porém nossa equipe balançou mais uma vez, e, sendo assim, analisou todas as opções de forma séria, escolhendo o melhor.

Acomodações completas e alimentação no Cânion pedra branca, via serra Tajuvas: Não há adjetivos suficientes para descrever este roteiro, contando com uma bela serra para subir apé,  campos e campos, estradas e um cânion, alimentação completa e acomodações no mais luxuoso galpão disponível nas margens do cânion, ficou fácil e evidente o caminho que iriamos seguir.

Nasce o dia em um Sábado que poderia sem um qualquer como outros, mas este não, este reservava um espetacular passeio.

Combinamos as 6 ou 7, algo assim acredito, de estarmos em um ponto no caminho, e pontualmente as 10 horas da manhã lá estávamos, pois a pressa é inimiga da perfeição já dizia o poeta. 

Britanicamente ao meio dia, sem fazer força, estávamos no ponto de saída, aptos a desfrutar de um confortável final de semana.

A localidade chama-se Morrinhos do sul, um local rural, próximo a importantes cidades como Morro Azul e Três Forquilhas.

Para sair tranquilo, nada mais justo que proteção, sendo assim, o carro fica em uma igreja próximo a rua que sobe a serra de Tajuvas.

Esta primeira parte de subida ocorre sem fazer força, benéfica para trazer calma, relaxamento muscular e mexer um pouco o esqueleto.

Segue se por uma estrada de terra, com um visual muito bonito, a medida que ganha-se elevação, Ao fundo fica visível o litoral Norte do Rio Grande do sul, acredito que com a praia de torres, é possível inclusive, ver as ondas quebrando na praia, as dunas, muito bonito.

O local de subida possui todo o entorno com campos e morros, cada qual mais belo que o outro, ao término da rua existe uma casa, em que um morador local nos informou ser de um padre?. Não sabemos se de fato é, mas a região em que ela se encontra tem um visual incrível, ao lado um grande morro, com sua parede de pedra nos dava confiança que subiríamos, sem fazer força.

Parte de nossa equipe olhava para baixo e afirmava realmente ter válido apena e ser de fato, a opção mais confortável, tranquila e luxuosa entre as que analisamos.

Após o término da estrada, a caminhada segue em meio ao mato, subindo uma estrada que é na verdade uma escadaria de pedras. Sem fazer força, neste ponto é necessário subir, subir mais um pouco e para não ficar repetitivo, subir novamente.


Assim a galera vai curtindo e vai subindo e vai subindo e subindo, sem fazer força, claro.

Após como dizem os geógrafos "subir o planalto", fica mais comodo ainda para descansar e relaxar.

Agora o visual se torna de campo.

É necessário cruzar algumas cercas, caminhar um pouco de forma calma e moderada, até que ao fim do trecho de campo uma estrada irá surgir em nossa frente, sendo necessário utilizar a mesma.

Como não gostamos de passar trabalho, sempre optamos por trechos em ótimas condições.

Na estrada não tem muito mistério, basta seguir até que possamos chegar em nosso hotel.

Realmente optamos bem, pois a temperatura ao ganharmos elevação subiu e o vento se tornou forte, contudo, não haviam problemas, pois estávamos protegidos, devidamente abrigados e com todo conforto necessário no momento em que desembarcamos em nosso destino final.


Já bem instalados e acomodados, é dado o momento de curtir a noite com suas atrações.
Festa, bebidas, jantar de gala e tudo que temos direito.


Pela manhã para nossa surpresa um café da manhã de tirar o fôlego estava a disposição, realmente, escolher um bom pacote como o nosso faz a diferença e, vale apena.

Esplêndido café da manhã a disposição.


Nosso luxoso local esta instalado de forma estratégica as margens do cânion pedra branca.

Existe uma estrada que parte da rota do sol, chamada, estrada josafaz, a qual leva até este cânion e segue ainda ao cânion que da nome a mesma.
Porém, somente veiculo 4x4 deve conseguir atingir este objetivo nela.

o Cânion é bem legal, conta com cachoeira, uma visual bem bacana, e muita mata nativa na região, araucárias estão por todos os lugares.







Existem várias opções de acesso ao mesmo para quem quer fazer trekking.
Pode-se citar

  • Subir via serra do Silveirão
  • Subir via Tajuvas em morrinhos do sul
  • Subir pelas Cumeeiras em Morro do forno.
  • Subir na rota do sol pela trilha do Gerivá
  • Subir por Três forquilhas através da serra do barreiros.
  • Subir de carro ou apé pela estrada que inicia na rota do sol.


OBS: O Cânion Josafaz esta mais ou menos uns 5 KM deste, então todos estes caminhos de acesso ao pedras brancas, servem para o josafaz também.

É possível para quem gosta fazer diversos trajetos, começando em um ponto e terminando em outro, porém o ideal é a utilização de dois carros, um em cada local.

Para fechamento com chave de ouro, após todo o relaxamento e descanso que tivemos, é hora de voltar a realidade e fazer o caminho de volta.

Foram cerca de 30 KM percorridos, a região é incrível e abundante em água. 

Concluímos que de fato mesmo com alguma bolha nos pés e o peso da mochila, realizamos a melhor escolha tendo em vista relaxamento e gastronomia.

Segue um tracklog do wikiloc do trajeto percorrido nesta ocasião:


Serra do Silveirão até Cânion Josafaz.

Serra do Silveirão até Cânion Josafaz.


Ahhh o Domingo. Dia para relaxar, curtir com a família, descansar da estressante rotina do dia a dia.

Nada mais justo que um passeio caseiro, gostoso e de forma tranquila. Sendo assim, a missão para o Domingo seria um bate e volta, fazendo uma caminhada relaxante ao som dos pássaros e da natureza, Nada mais justo para começar cheio de vigor e energia a enfrentar a rotina da cidade na semana que está para nascer em algumas horas.

Assim a ideia foi tomando forma durante a semana, como planejamento é tudo, elencamos alguns roteiros aptos a nos proporcionarem estes momentos de felicidade, comodidade e calma mental e física disponíveis em nosso estado, o Rio Grande do Sul.

Gramado? Porque não, não é verdade? Com toda infraestrutura disponível, mais o período de frio que esta fazendo agora no inverno, parece óbvio relaxar em um belo Domingo de sol.

Shopping praia de belas em Porto Alegre? Com todas as opções de entretenimento disponiveis, salas de jogos, cinema e praça de alimentação, lojas para comprarmos roupas e outros itens importantissimos, sem os quais não podemos sobreviver, parece uma opção que toma mais força.

Serra do silverão e Cânion Josafaz....Aqui realmente temos uma pequena caminhada, contato com a natureza, algo leve e rápido, sem falar no conforto que existe em cima do cânion, poderíamos unir a mágica do frio existente em Gramado e toda a praticidade do shopping existente no percurso, então que assim seja.

Para não ficar pesado entre todos que toparam ir, marcamos saída as 2 e meia da manhã, pois também não vamos exagerar e sair muito cedo.

O destino está cravado em Mampituba, uma megalópole na divisa do Estado do RS com SC através da cidade de Praia Grande(onde apesar do nome, nenhuma praia poderá ser encontrada).

Após boa música e um belo passeio no carro, onde o magnifico visual da estrada foi brindado com a neblina, porém, totalmente recompensando aos clássicos dos maiores compositores do Brasil,tais como, Latino, Rouge, Luka e outros grandes nomes que estavam no pendrive, chegamos ao destino com um pouco de atraso, pois já eram quase 6 horas da manhã.

Para dar sorte, o carro fica estacionado em uma igreja católica,assim temos toda proteção no trajeto.

Estávamos em roça da estância, lugar que possivelmente é um distrito da cidade de Mampituba, traduzindo, o interior do interior. Para iniciar o dia um belo café colonial, não poderia ser diferente, pois se deixamos de ir para Gramado, começaríamos o dia do mesmo modo como se la estivéssemos.

Trazendo na mochila as mais belas iguarias, como sanduicheis, trakinas, um suculento pedaço de salame mofado e estragado, enchemos nosso aparelho digestivo e partimos para aproveitar o dia de modo tradicional e tranquilo.

Para inicio tinhamos uma bela subida de 12 a 13 KM para caminhar, então fomos bem lentamente e sem fazer força, claro, galgando cada metro acima antes que o sol do dia viesse até nós.

No momento em que o sol brilhou para nos preencher de vitamina D, encontravamos ja um pouco acima de alguns morros da região.


A subida se da por uma estrada de chão batido em condições excelentes para trafegar de bota, calçados de EPI ou algum outro equipamento de trilha.

Seguimos subindo, desfrutando de toda calmaria e alegria que era vibrante em nosso corações.

Posteriormente, como ninguém é de ferro, mais uma pausa para tomar água, comer frutas, um verdadeiro banquete, realmente não ir para Gramado foi a decisão acertada, cirúrgica e precisa.

A estrada do silveirão sobe até precisamente, 900 metros de elevação e mais um pouco, medição aferida através de blogs da internet, pois em um lugar como este precisamos trabalhar com informações precisas.

A subida é confortável e relaxante para as pernas, mente, coração e pulmão. Na estrada somente existe mato, campos, um pouco de gado aqui e ali e dois portões.

Não previamos que dois portões fechando completamente a estrada estariam no caminho.

No momento que isto acontece é melhor manter a calma, tomar decisões coesas, onde o grupo não corra riscos e estejamos dentro da lei, sendo assim, pensamos muito por uns 30 segundos e partimos pular o portão.

Portão pulado e para não perder o costume continuamos subindo, subindo e subindo mais um pouco para relaxar e tonificar bem as pernas.

Eis que um som de moto ecoa no horizonte. Tal som de moto, subindo a estrada, após pularmos o portão, trás consigo uma sensação de arrependimento. Poderíamos ter aguardado e sequer fazer força para pula-lo. Mas, tudo bem, a vida é feita de escolhas, e já havíamos feito a nossa.

Minutos depois encontramos na estrada o motoqueiro, popularmente conhecido como, caseiro ou capataz, senhor muito gente boa, conversamos e avisamos sobre onde gostaríamos de ir, sobre o fato de encontrar o portão e de que não existia nenhum aviso, pulamos e conversaríamos com alguém caso tivéssemos contato com civilização nesse local (É importante deixar claro, que em nenhum momento qualquer sensação de medo, tais como,  se quem está subindo armado ou ainda coloca se nos gentilmente para fora sequer passou em nossas mentes).

Conversamos um pouco e o homem gentilmente disse que poderíamos andar por ali tranquilamente até o cânion e, ainda iria sinalizar na estrada com um galho em que ponto deveríamos entrar na nova trilha.

Agradecemos e fomos novamente subindo, sem fazer força.

Ao se ganhar toda elevação, continua-se por uma estrada a esquerda, onde andamos em estrada e trilhas, tudo novamente muito relaxante, sinalizado e com direito a almoço na praça de alimentações, assim, novamente não restaram dúvidas que foi a decisão acertada o trajeto que estávamos fazendo, muito melhor que o shopping e gramado.

Existem momentos na vida em que fazemos escolhas erradas, mesmo assim, persista, inclusive quando escolher errado onde pisar.

Subindoooooo.

Após um almoço de rei e uma caminhada leve, em ritmo moderado de 21 KM, chegávamos ao destino final, o Cânion Josafaz.





Apesar das imagens não exibirem da mesma forma que ver ao vivo, o Josafaz é um lugar bem legal para quem gosta desse tipo de atividades na natureza e aventura, o Cânion possui 16 quilômetros de extensão, o que o torna realmente muito grande, não sendo possível transmitir em uma unica imagem uma visão completa do local. Possui cachoeiras, um rio próximo a sua borda, o qual necessita ser atravessado se estiver vindo no caminho que fizemos e muita mata nativa, um visual realmente selvagem, de um local que realmente encontra-se sem exploração nociva ainda.

Esse vídeo disponibilizado no youtube trás uma imagem de drone que mostra como é legal o Cãnion, mais o fato de difícil acesso, diferente de Cambará, faz um ambiente realmente incrível, não desmerecendo os cânions ao lado, pois são incríveis também.

https://www.youtube.com/watch?v=l361h78ocNs

Como não é um cânion com foco comercial e turístico como os de Cambará do Sul, por exemplo, não possui muitos recursos nas proximidades,mas é ótimo para ser visitado em caminhada, de bicicleta e realizar acampamentos próximós a sua borda em uma área protegida por árvores.

Há uma estrada que parte da rota do sol e leva até o Cânion propriamente dito, porém somente veículos robustos 4X4 conseguem esse acesso, ou uma bicicleta ou ainda nossas boas pernas, um excelente veiculo de locomoção.

Para coroar nosso dia, aproveitamos imensamente estar ali no cânion (uns 20-30 minutos). Olhamos o relógio e a distância que havíamos percorrido, registramos o momento com alegria e começamos a voltar.


Então lá fomos descendo bem tranquilo, sem fazer força os 21 KM que restavam.

Em virtude da distância pegamos o por do sol e o anoitecer no caminho.



O visual de volta por incrível que pareça (É o mesmo que da ida kk) por estar nos campos de cima da serra, possui uma paisagem unica e selvagem também pelo fato de ser ainda de certa forma remoto o local. Matas de Araucárias (pinhão) acompanham todo trajeto, riachos, pequenos córregos de água e muito barro, fazem seu papel, nos proporcionando a paz, conforto e tudo que buscávamos ao sair de casa.

Descemos, Descemos e descemos, até que em um determinado momento, sem fazer muita força, perdemos toda aquela elevação de mil metros e voltamos para onde estava o carro.

Saímos cedo, voltamos tarde, dormimos poucos, andamos e andamos, subimos e descemos, e também rolou muita risada, muita conversa brincando com as situações e bom humor, está é a mágica desse tipos de atividades, além dos belos locais, natureza e etc. Na descida todos estavam cansados, óbvio, sente-se um joelho aqui, uma dor ali, um ciático ou até mesmo o cabelo dói, brindando com  fome, mas o momento, a história e o que fica não tem preço.

Voltamos falando nunca mais, nunca mais, entretanto, após chegar em casa, afirma-se, vou outra vez.

Sendo assim, este blog fez sua parte de lançar um ótimo roteiro para família, para suas férias e para quem quer relaxar um pouco.

Abaixo vou deixar ficam links do wikiloc com o trajeto e de outro blog no qual foi utilizado para coletar informações iniciais da caminhada. Blog muito bom e que aborda o tema de outra forma(de forma séria).

https://apenomundo.com/brasil/canion-josafaz-serra-silveirao/

https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/bate-volta-josafaz-via-serra-do-silveirao-26255033